Obra e Autor






Alfredo de Freitas Dias Gomes, mais conhecido pelo sobrenome Dias Gomes, nasceu em Salvador,no dia 19 de outubro de 1922 e morreu em São Paulo, dia 18 de maio de 1999. Foi um escritor, dramaturgo e novelista brasileiro, autor de novelas conhecidas no Brasil como “O Bem Amado” e “Roque Santeiro” e o filme "O Pagador de Promessas".

Alfredo de Freitas Dias Gomes nasceu em Salvador. Escreveu a primeira peça teatral aos 15 anos, a “Comédia dos Moralistas”. A peça foi premiada no Concurso do Serviço Nacional de Teatro em 1939, embora nunca tenha sido encenada.

Em 1942 foi encenada “Pé de Cabra", censurada pelo Estado Novo, regime ditatorial implantado pelo presidente Getúlio Vargas. Dias Gomes escreveu radionovelas nos anos 50, mas deixou de exercer a atividade com a chegada da ditadura militar em 1964.

A peça teatral que causou maior repercussão foi “O Pagador de Promessas”, sucesso de crítica no cinema, onde ganhou Palma de Ouro de Cannes em 1962.

Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 1991. Morreu num acidente automobilístico em São Paulo em 1999.


Dias gomes se tornou mais conhecido devido a sua obra "O Pagador de Promessas" que se resume em
Zé do Burro é um homem humilde que enfrenta a intransigência da Igreja ao tentar cumprir a promessa feita em um terreiro de candomblé de carregar uma pesada cruz por um longo percurso.

Zé do Burro é o dono de um pequeno pedaço de terra no Nordeste do Brasil. Seu melhor amigo é um burro. Quando este adoece, Zé faz uma promessa à uma mãe de santo do candomblé: se seu burro se recuperar, promete dividir sua terra igualmente entre os mais pobres e carregará uma cruz desde sua terra até a Igreja de Santa Bárbara em Salvador, onde a oferecerá ao padre local. Assim que seu burro se recupera, Zé dá início à sua jornada.

O filme se inicia com Zé, seguido fielmente pela esposa Rosa, chegando à catedral de madrugada. O padre local recusa a cruz de Zé após ouvir dele a razão pela qual a carregou e as circunstâncias "pagãs" em que a promessa foi feita. Todos em Salvador tentam se aproveitar do inocente e ingênuo Zé. Os praticantes de candomblé querem usá-lo como líder contra a discriminação que sofrem da Igreja Católica, os jornais sensacionalistas transformam sua promessa de dar a terra aos pobres em grito pela reforma agrária. A polícia é chamada para prevenir a entrada de Zé na Igreja, e ele acaba assassinado em um confronto violento entre policiais e manifestantes a seu favor. Na última cena do filme, os manifestantes colocam o corpo morto de Zé em cima da cruz e entram à força na catedral.

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